Em Abril de 1920, como consequência da sua nova paixão por
António Guimarães, Florbela regressa à poesia e começa a
escrever um livro a que pretende chamar «Claustro das Quimeras»,
escrevendo-o entre Évora, Vila Viçosa e Lisboa, dado o fato de
ir viver para o Porto e, posteriormente, para Lisboa, por causa
do seu segundo casamento. A 10 de Março de 1922, opta por
reorganizá-lo e mudar-lhe o nome para «Livro de Sóror Saudade»,
que é publicado em Janeiro de 1923, contendo muitas alterações,
talvez feitas pelo editor, Francisco Lage (amigo de Florbela
e dramaturgo). A crítica reage positivamente aos novos versos
da poetisa, com destaque para o «Século da Noite», que
manifesta grande apreço pela obra recém publicada, bem como
o público, cuja procura faz o livro esgotar rapidamente.
Dedicando-o inteiramente ao seu novo amor, António Guimarães,
Florbela expõe no «Livro de Sóror Saudade» o sentimento
vivo do amor e da paixão, pelo quais se entrega totalmente,
e que, novamente a fazem despertar para a vida. Opta,
portanto, por dar menos ênfase à temática da saudade
antes abordada. Por outro lado, Florbela reforça a
importância que os motivos ligados ao beijo e à boca
detém na sua poesia, embora este livro, bem como o
nome que lhe serve de título, «Sóror Saudade» representem
uma fuga ao prazer.
Ainda influenciado por uma tendência saudosista, o livro acusa
igualmente a presença do romantismo de fim de século,
acompanhado por um crescendo na abordagem erótica, destacando-se
nele os sonetos «Maria das Quimeras» (de tom biográfico),
«Hora que Passa», «Princesa Desalento» e, claro, o poema que
lhe empresta o título, «Sóror Saudade», um epíteto criado
por Américo Durão.
Dados CITI- Portugal
Ainda influenciado por uma tendência saudosista, o livro acusa
igualmente a presença do romantismo de fim de século,
acompanhado por um crescendo na abordagem erótica, destacando-se
nele os sonetos «Maria das Quimeras» (de tom biográfico),
«Hora que Passa», «Princesa Desalento» e, claro, o poema que
lhe empresta o título, «Sóror Saudade», um epíteto criado
por Américo Durão.
Dados CITI- Portugal
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito grata por sua presença, muito nos honra.