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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

FLORBELA ESPANCA



Florbela Espanca  batizada como Flor Bela de Alma da Conceição
Espanca, foi uma poetisa portuguesa.
Precursora do movimento feminista em Portugal.
A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora
tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a 
autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade,
carregada de erotização, feminilidade e panteísmo.

Filha de Antónia da Conceição Lobo e de João Marya
Espanca nasceu no dia 8 de Dezembro de 1894 em Vila Viçosa, 
no Alentejo.

O seu pai era casado com Mariana do Carmo Toscano. Embora sua
esposa fosse estéril, João Maria teve filhos de um caso
extraconjugal; e assim nasceram Florbela e, três anos depois,
Apeles, ambos filhos de Antónia da Conceição Lobo, e registrados
como filhos ilegítimos de pai incógnito  . João Maria Espanca 
criou-os na sua casa, e, apesar de Mariana ter passado a ser 
madrinha de baptismo dos dois, João Maria só reconheceu Florbela
como a sua filha em cartório dezoito anos após a sua morte.


Entre 1899 e 1908, Florbela frequentou a escola primária em 
Vila Viçosa.
As suas primeiras composições poéticas datam dos anos 1903-1904
Em 1907, Florbela escreveu o seu primeiro conto
No ano seguinte, faleceu a sua mãe, Antónia, com apenas vinte 
e nove anos.
Florbela ingressou então no Liceu Masculino André de Gouveia em
Évora, onde permaneceu até 1912.
Foi uma das primeiras mulheres em Portugal a frequentar o curso
secundário.
Em 1913 casou-se em Évora com Alberto de Jesus Silva Moutinho, 
seu colega da escola

Em 1916,a poetisa reuniu uma seleção da sua produção poética
desde 1915, inaugurando assim o projeto Trocando Olhares

A coletânea de oitenta e cinco poemas e três contos serviu-lhe
mais tarde como ponto de partida para futuras publicações.

Em 1918  a escritora sofreu as consequências de um aborto 
involuntário, que lhe teria infetado os ovários e os pulmões.
Repousou em Quelfes (Olhão), onde apresentou os primeiros 
sinais sérios de neurose.

Em 1919 saiu a sua primeira obra, Livro de Mágoas, um livro 
de sonetos.

Em 29 de Junho de 1921 se casa  com António Guimarães, por quem 
se apaixonara ainda casada com Alberto de Jesus.

Em Janeiro de 1923 veio a lume a sua segunda coletânea de sonetos,
Livro de Sóror Saudade, edição paga pelo pai da poetisa.
Para sobreviver, Florbela começou a dar aulas particulares
de português.

Em 1925, divorciou-se pela segunda vez. Esta situação 
abalou-a muito.

Ainda em 1925, a poetisa casou com o médico Mário Pereira Lage,
que conhecia desde 1921 e com quem vivia desde 1924.

Em 1927 a autora principiou a sua colaboração no jornal D. Nuno de 
Vila Viçosa,não encontrava editor para a coletânea Charneca em Flor.

Em 1927 Apeles Espanca, o irmão da escritora, faleceu num trágico 
acidente de avião.A sua morte foi devastadora para Florbela.
a sua doença mental agravou-se bastante. Em 1928 ela teria tentado
o suicídio pela primeira vez.
Florbela tentou o suicídio por duas vezes mais em Outubro e Novembro 
de 1930, na véspera da publicação da sua obra-prima, Charneca em Flor.
Após o diagnóstico de um edema pulmonar, a poetisa perdeu
definitivamente a vontade de viver. Não resistiu à terceira tentativa
do suicídio. Faleceu em Matosinhos, no dia do seu 36º aniversário,
a 8 de Dezembro de 1930. A causa da morte foi a sobredose de 
barbitúricos.

A poetisa teria deixado uma carta confidencial com as suas últimas
disposições, entre elas, o pedido de colocar no seu caixão
os restos do avião pilotado por Apeles quando sofreu o acidente.
O corpo dela jaz, desde 17 de Maio de 1964, no cemitério de
Vila Viçosa, a sua terra natal.

(Dados retirados da Wikipédia)







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