Meu fado, meu doce amigo
Meu grande consolador
Eu quero ouvir-te rezar,
Orações à minha dor!
Só no silêncio da noite
Vibrando perturbador,
Quantas almas não consolas
Nessa toada d'amor!
Cantando p'r uma voz pura
Eu quero ouvir-te também
P'r uma voz que me recorde
A doce voz do meu bem!
Pela calada da noite
Quando o luar é dolente
Eu quero ouvir essa voz
Docemente... docemente...
Florbela Espanca
In ‘O Livro D’ele’ (1915 – 1917)
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Muito grata por sua presença, muito nos honra.