Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada! ...
Florbela Espanca
In ‘Livro de Mágoas’
Linda página...Linda poesia... Lindo gosto!
ResponderExcluirParabéns, vou seguir atentamente.
Como é possível não haver comentários?
ResponderExcluirEsta é uma página (blog) Linda;
dum gosto Maravilhoso
e a poesia é Soberba
(um dos meus Poetas - não poetisa - preferidos)
Obrigada por abrir esta belíssima página, Madá!
ResponderExcluirSou fã incondicional de Florbela Espanca.
Para ela, escrevi...
AFINIDADES
(para a poetisa Florbela Espanca)
Eras a flor... de todas a mais bela!
A poetisa sem sorte e em tua dor,
Viveste toda uma vida sem amor.
Triste e bela, teu nome era Florbela!
Mostraste ao mundo a tua solidão.
Tua mágoa, em lágrimas naufragava.
Teus sonetos, com lirismo encantava.
Só tu sabias como sofria teu coração.
Em tua alma de pássaro encantado,
Vejo muito do que sinto, me espanta
Coisas minhas escritas em tuas linhas!
O amor por ti almejado e sonhado
Em versos declamado me encanta.
- Das afinidades em nossas rimas!
©Verluci Almeida
08/04/2007
Veja que bela montagem: intercalei fotos minhas com as dela
http://www.verluci.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=4591219
Gosto muitos deste texto de Florbela:
ResponderExcluir"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser ruma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!
(Florbela Espanca)
ResponderExcluirPOETAS
Ai almas dos poetas
Não as entende ninguém,
São almas de violeta
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas.
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma para sentir
A dos poetas também!
Florbela Espanca