Tirar dentro do peito a emoção,
A lúcida verdade, o sentimento!
- E ser, depois de vir do coração,
Um punhado de cinza esparso ao vento!...
Sonhar um verso d´alto pensamento,
E puro como um ritmo d´oração!
- E ser, depois de vir do coração,
O pó, o nada, o sonho dum momento!...
São assim ocos, rudes, os meus versos:
Rimas perdidas, vendavais dispersos,
Com que eu iludo os outros, com que minto!
Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse, a chorar, isto que sinto!
Florbela Espanca
in ‘Mensageira das Violetas’
Realmente maravilhoso este trabalho com a vida e a obra de uma das poetisas mais maravilhosas de todos os tempos!
ResponderExcluirLa no Alentejo ela mora eternamente na sua linda Vila Viçosa.
Meus parabéns!! (Juan Martín)
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